sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Sobre a afirmação LGBT na sociedade

De certa forma, penso que a condição e a orientação sexual de cada um não importam cotidianamente. Não acredito que as relações sociais devem se reduzir a: héteros só conversam com héteros; LGBTs, só com LGBTs. Nem que negros — ou os autoafirmados negros — só devem conversar entre si. Isso não existe, é óbvio. Nenhuma mulher escolhe dar à luz, em sendo negra, apenas a negros. Nem, em sendo branca, a brancos. É nítida a naturalidade da coisa, a habitualidade.

Ao mesmo tempo, contudo, entendo que certas afirmações e admissões públicas são necessárias. Por muito tempo, assistiu-se com normalidade a brincadeiras de meninos que se vestiam de mulher — e se encarava isso com a maior alegria. Com o tempo, a gente viu que: 1. sim, pessoas se vestem assim e se veem normal, mesmo sem querer sê-lo totalmente; 2: algumas pessoas se indentificam com essa caracterização e encontram, na verdade, sua personalidade em tal forma.

Passou-se a entender, a partir disso, que "simplesmente" pessoas se realizam assim — e que não há a menor necessidade em fazer fantasias, na medida em que o fato é real e que não há nada místico. Por "não há nada místico",  entendo que não há necessidade de fazer teoria em torno disso. As pessoas são ou se fazem assim, e não necessariamente precisam dessas apresentações para ganhar ânimo.

Outro ponto que entendo (em consonância, paralelamente, com a ideia de que as pessoas não precisam, na prática, ser identificadas publicamente assim) é que enxergar-se na sociedade é ver-se representado; tido em perfeição — pelo menos em tese. Não porque a apresentação no tecido social pressupõe imediatamente exclusão ou separação. O contrário, porém: uma conclusão de si mesmo; uma representação — mas não a única.

Creio, com isso, que a gente precisa ter calma. Ir devagar com o andor. Não entendo como segregação. As pessoas não se tornam más (🤔!) quando assumem os pontos positivos delas, quando assumem o que são. Ademais, representações na sociedade, penso, contribuem para esse reconhecimento pessoal (o qual não acontece tão rápida e automaticamente). A gente deveria se preocupar, antes de tudo, com a própria vida, já que inexiste a capacidade de compreender o outro, fundamentalmente, como um semelhante.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Aos 19

Ideias não colocadas em pauta aos 18 anos, porém importantes para reflexão


Muitas parecem ser as palavras que flanam em minha mente e cogitam descrições sobre o conceito atual ao qual cheguei. Nenhuma parece, contudo, suficientemente fértil para estabelecer precisões a respeito do que acontece aqui. Mesmo assim, incumbo-me de tentar comemorar os bons momentos.

Expresso, dessa feita, que comemoro os 19 anos com enorme felicidade. Várias das coisas de quando criança se mantêm -- e fortemente. Não quero jamais me desinteressar dos livros, da música, dos programas de rádio, dos telejornais e dos impressos, das regras gramaticais, da fala enfim.

Sou feliz por todo mundo que (direta ou indiretamente) participa deste momento. Escrevo isso apesar de outrora ter duvidado se ia ou não atravessar a meia-noite contente com a nova idade. Mas todo pessimismo que possa existir é ínfimo diante das pessoas generosas as quais conheci nos últimos anos e que, por ser família, permanecem aqui.

Encerro, então, e agradeço a cada um que lê essa pequena memória. A quem puder me ensinar, seja sempre bem-vindo. Fico muitíssimo grato por você estar aí.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai (1864-1870) se dá num momento em que o Paraguai ganhava força. Sob o ditador Solano López, o Paraguai, diante de uma crise, decide agir e atacar as províncias de Mato Grosso e do Rio Grande do Sul. No entanto, para obter sucesso, eles invadiram a Argentina, sem o consentimento e apoio das facções desse país. Diante disso, forma-se, em 1865, a Tríplice Aliança que, além de Brasil e Argentina, contou com o Uruguai. Os países puderam contar com empréstimentos e equipamentos vindos Inglaterra, uma vez que a esta interessava a destruição de Paraguai. O Brasil foi obrigado a financiar um exército profissional recrutado pelo Uruguai, e também a convocar negros que após o conflito seriam alforriados. Por fim, os países envolvidos contraíram dívidas, sobretudo, com bancos ingleses, para sustentar a guerra. A derrota do Paraguai foi otimista para comerciantes da Inglaterra, pois Solano López comandava um país de economia fechada, que poderia causar problemas na navegação do rio Prata, por onde os ingleses faziam chegar seus produtos a boa parte da América do Sul.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Guerra de Secessão

Neste post falaremos sobre a Guerra Civil Americana (Guerra de Secessão, 1861-1865) que significou, além de tudo, a libertação dos escravos. A Guerra foi, nada mais nada menos, o conflito entre o Sul e Norte do país. O Sul, era a classe agrícola, que morava no campo, que produzia algodão;  o Norte, por sua vez, era um povo antiescravista, empreendedor e urbano.
Os conflitos têm início assim que Abraão Lincohn sobe ao poder. Os sulistas eram contrários ao presidente, pois este favorecia as classes mais desenvolvidas: o norte. Diante disso, os sulistas queriam sua emancipação, isto é, queriam ser independentes das demais regiões. O norte, então, impede os movimentos, e iniciam-se os conflitos. A guerra dura cerca de quatro anos. Durante esse tempo, os sulistas tinham o apoio e a participação de tropas poderosas. Não obstante, os aliados ao governo conseguem o apoio dos Ingleses e, assim, importam armas poderosas para lutar. Isto, além de eles terem outros mecanismos que os beneficiam. Mecanismos, como, por exemplo, os trens, que, nessa época, os auxiliam dando mais praticidade ao trabalho. Depois de longos enfrentamentos, a guerra termina com a vitória da classe aliada ao governo, que acaba vencendo os sulistas.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Senhora — resumo

Senhora, de José de Alencar –– resumo

Romance publicado em 1876 trata do casamento como obtenção de dotes, vigorada no século XIX

Com este resumo, concluo a tríade amorosa de José de Alencar, com Diva e Lucíola ––resenhas já feitas. O livro retrata um casamento muito típico na época. E a ideia é protestar contra ele, mas de maneira amorosa como identifica-se no Romantismo. 
Este romance inicia-se descrevendo Aurélia, a personagem principal que, em tão pouco tempo, cativa o carinho de muitos adoradores sendo classificada e aclamada com 'a rainha dos salões', por apojar-se de uma enorme riqueza. Mas, espera aí!, você já se perguntou como alguém pode virar a rainha dos salões da noite pro dia? Bom, logicamente isso não ocorre de maneira rápida, só um pouco sucinta. Contudo, é importante salientar que Aurélio, a princípio, é uma simples, humilde, linda, sem dúvida, mas pobre. Esses movimentos ocorrem de maneira despercebida  e só mencionados a partir do segundo capítulo –– o que, por conseguinte, acaba gerando desagrado por parte de alguns leitores. Mas, de modo geral, a história cerca-se em Aurélia que decide se casar e pede ao Sr. Lemos para fazer a oferta de cem mil-réis a Fernando Seixas, homem de vida mediana que, atualmente, estava noivo de Adelaide Amaral, que era filha de um comendador da alta corte. Ele, sem saber que era, pois Lemos não havia dito quem era a moça. Porém todos devemos saber que Aurélia foi pobre um dia, e, nesse período, já havia conhecido Aurélia, Contudo Fernando  a troca pela 'outra' e seus 30 contos de réis (se não me engano). Isto posto, Aurélia queria se vingar de Fernando. Os nomes dos capítulos, como é possível observar no livro, começa com 'O preço do casamento', no qual Aurélia, por meio de Lemos, consegue fechar o casamento com Seixas, mas este, assim que a vê se sente ultrajado por um dia tê-la trocado por Adelaide ––que, à época, era mais rica–– unicamente por dinheiro (aqui, vale lembrar que Seixas havia ganhado uma pequena fortuna de seu pai; mas como ele tinha muitos gastos, como bebidas e gatos, ele acaba perdendo-a, tendo de recorrer a ajudas –– Adelaide é uma delas). Ela, apesar de ser gélida em muitos momentos, é bem-vista nas grandes salas e ostenta todo o seu luxo e o orgulho de ser quem é; no segundo, 'Quitação', é contada, então, a história de Aurélia. Ela era filha de D. Emília e de Pedro Camargo. Pedro era filho de um grande fazendeiro e havia se casado com Emília, sem a aprovação de sue pai. Anos depois, Pedro acaba falecendo, deixando Emília em situação difícil ––seu pai não havia reconhecido Aurélia. Nesse momento, Seixas acaba se apaixonando por Aurélia, mas ele acaba ficando noivo de Adelaide pois esta vivia em situações melhores. O avô de Aurélia, antes de falecer, deixa toda fortuna para ela. Depois que sua mãe morreu ela fica com Lemos e D. Firmina; adiante, em 'Posse' –– esta é uma das partes mais amargas da história ––, tem todo uma rotina de casal, eles tentam o tempo todo serem formais e gentis um com o outro, porém em muitos momentos, quando sós, isso é impossível. Uma grande frase do início deste capítulo é "Encaremos a realidade dos fatos; e nos resignemos a ser casa um o que é: eu, uma mulher traída; e, você, um homem vendido"; e, por fim, temos 'Resgate': neste momento, Fernando deixa de ostentar tudo aquilo que outrora ele mais desejara, e passa a viver normalmente, começando a trabalhar, e passando a juntar o dinheiro com seus negócios para, assim, devolver à Aurélia todo dinheiro do dote. Ele pede divorcio. Ela percebe e consegue resgatar o amor de Seixas, ainda que ele achasse muito excessiva a influência da riqueza no casamento. Eles vivem felizes e têm um vida ótima a partir daí. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Panorama – História

                         Panorama – História

IDADE ANTIGA (?4000 a.C.-476) –– aparecimento da escrita.

IDADE MÉDIA (476-1453) –– fim do Império Romano (Império Bizantino) e a tomada de Constantinopla (capital), pelos otomanos; 
                                               –– modo de produção feudal. A igreja católica detinha o monopólio e, consequentemente, controlava o poder. 
                                               –– na literatura: o Trovadorismo e o Humanismo.

                     
IDADE MODERNA (1453-1789) –– modo de produção capitalista (transição);
                                                        –– a aliança entre o rei e a burguesia;
                                                        –– culminando com a Revolução Francesa.
                                                        –– na literatura: Barroco e Arcadismo.

IDADE CONTEMPORÂNEA –– Modo de produção capitalista; 
                                                  –– a burguesia tomou o poder, assumindo o controle do estado;
                                                  –– na literatura: Romantismo, Realismo e, adiante, o Modernismo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Lucíola – resumo

           Lucíola, de José de Alencar  resumo

O romance Lucíola é narrado em primeira pessoa, no ano de 1855. E cerca-se de uma carta que Paulo escreve à senhora G.M.. E, nesta carta, narra os passos de sua vida. Vamos à narrativa:
Paulo estava acompanhado de seu amigo e companheiro de infância, Sá. Ele o leva à festa da Glória ––uma festa popular da corte. A história começa num baile da corte, cuja personagem é Lúcia; os dois amigos visitavam a festa. Nisto, Paulo acaba se lembrando de como a conheceu. Foi numa tarde em que ele acabara de voltar de uma viagem e passeava com um amigo, eles a veem com uma senhora, andando num carrinho, acompanhando a dois cavalos, num ímpeto eles aceleram e a carruagem assusta a menina que deixa o leque cair. Ele o captura inteiro.
Uns dias depois ao baile, Paulo e Lúcia começam a conversar. Ela era uma cortesã, que vivia bem, sozinha. N'outro dia, ele ia ao teatro lírico. Ele conversa com um homem chamado 'Cunha', cujo nome verdadeiro ele não lembrava, a respeito de planetas (órbitas, e também, claro, sobre Lúcia). Desse modo, Cunha diz que a namorou quatro meses. Nessa noite ele conta a Paulo da avareza  de Lúcia, das coisas que ganha dos amantes. Paulo duvidou disso por muito tempo. Mas, daí a algum tempo, teve a prova. Durante toda essa conversa, Paulo se conservava como se não conhecesse Lúcia. Nessa noite, os dois haviam sido convidados para uma ceia na casa de Sá. Sá habitava uma chácara, nos arredores da corte. Lúcia, nessa noite, o tratara com escárnio e desdém. Ela afirmava não gostar de figurar uma coisa que não era. Lúcia o esmagara com suas  palavras. Nisso, havia lá, de certo modo, um pintor que expunha suas obras –– e, diga-se de passagem, eram obras vulgares. Lúcia, então, performa cada uma daquelas cenas. Paulo não suportava tanto cinismo e precisa sair em busca de ar. Após aquilo, Paulo teve vergonha e asco do que havia presenciado. Pouco tempo depois, Lúcia saiu à procura de Paúlo, envergonhado pelo que acabava de ver. Lúcia promete-lhe nunca mais descer a semelhante degradação, e o pede que não despreze mais; ele, porém, diz que tem pena dela. 
Nesse fim de noite, ela o beija, fazendo-o incompreender seu caráter.
Lúcia dizia que ainda que fosse mal não era para Paulo ligar ou julgá-la. Ele havia ido à rua do Ouvidor e havia lhe trazido algumas joias, estas que Lúcia retribuiu friamente. Lúcia mostrava-se nesse momento indiferente aos presentes. E essa cena o fazia reatar as palavras de Cunha na sua mente. Mulher que se fazia de uma cupidez e uma avareza soberbas. Por outro lado, ela tinha ficado feliz ao abrir outro presente; neste, havia alguns brincos de azeviche, que ela logo os colocou em lugar dos que usava.
Numa tarde. Paulo supõe a Lúcia uma situação: que ele não fosse rico e não pudesse dar-lhe os melhores caprichos. Lúcia se vê no direito de ter que andar bem-arrumada e toma a iniciativa de fazer tudo como ele diz que devia, tipo comprar um carro, assinar a ida ao teatro etc. Paulo, descobre, enfim, que ela estava saindo com o Couto ( pessoa que vira, também, naquela noite; no teatro). Lúcia, agora parecia para ele indiferente, se ele ousasse encontrar outra moça, para ele, parecia, não fazia diferença. N'outro dia, porém, inesperavelmente, Lúcia lhe perguntara sobre seus familiares e sua vida interior, seus sonhos.
Por um tempo, Paulo ficara impedido de visitar Lúcia, depois de ela ter andado muito debaixo do sol e ao fim do dia ela teve uma indisposição, além de horríveis dores na cabeça. Nesse dia, ela chama uma tal Jesuína para lhe fazer companhia –– pois essa era o que dizia Lúcia a Paulo. Ao outro dia, Paulo retornou à casa de Lúcia e notou, lá, um vaso com flores na sala da casa. Embaixo do vaso havia uma carta, esta que Lúcia pediu para que ele lesse. A carta era de Cunha; Na carta, Cunha insistia a Lúcia para que aceitasse seu amor. Vaso e flor foram jogados após a leitura da janela à calçada. Lúcia confessa que não tem amante, Paulo insiste que ela diga a verdade. Ela, entretanto, diz que vai assumir um qualquer. Mas, isso era para ele ver que ela o quer em sua casa. Ela oferecia todos os dias, para que ele a fosse visitar (o que antes, era só limitado às terças e quintas-feiras). Contudo, Paulo se esquiva dela e deixa de ir à sua casa por cerca de quinze dias. Encontrara-a três ou quatro vezes na rua, e não lhe falara, fingia não a ver. Ele estava convencido de que ela zombava de si. Paulo se afastara porque achava-se 'amante' da cortesã. No entanto, ele ainda mantinha seu amor e nutria esperanças de a ver –– isto, geralmente, quando em conversa como Cunha e o Rochinha.
Em outro dia Lúcia queria ser de Paulo, queria agradar-lhe. Tanto queria que fez uma mudança na casa dele. Foi esse o dia mais feliz da via de Paulo.
Por outro tempo, Paulo vira em casa de Lúcia em homem de 45 anos, por nome de Jacinto. Logo depois da saída do homem, ela perturbasse e diz que ele cuide de seus negócios. No outro dia, ele passa com o tílburi em frente a casa de Lúcia. Chegando lá. encontra (sem ela perceber) Jacinto com ela na alcova –– isto observava ele pelo buraco da porta. E neste momento o apogeu do livro. Lúcia logo que o vê, confessa sua história. ''Ela havia deixado São Domingos para morar na corte. O pai dela ganhara emprego nas obras públicas. Eles conseguiram viver dois anos felizes. E, assim, conta a Paulo da febre amarela de 1850 –– nessa época ele não havia chegado à corte ainda. Nessa epidemia, pai, mãe e irmãos caíram, literalmente, da febre. Nisto, só ela e a tia ficaram em pé. Estavam na penúria; o dinheiro mal chegava; o médico também estava mal. A tia, num dia, caíra de febre; ela, com 14 anos, ficou só, para cuidar de seus doentes graves. Lúcia pedia ajuda para quem podia. Conversou com um vizinho, que a levou até sua casa. Ele era o Couto; ofereceu-lhe moedas de ouro. Ela perdia os irmãos, e dava ao pai as últimas moedas de ouro que tinha. Neste movimento, o pai pergunta a ela de onde ela arranjara o dinheiro. Ela confessa e conta tudo ao pai. Ele, desse modo, a expulsa de casa.
Naquela noite, o único abraço que teve foi o de sua irmã. Depois disso foi acolhida por Jesuína. Depois de um tempo, uma moça foi morar consigo, Lúcia, mas morreu tísica. Aí, quando veio o médico trocar os atentados, Maria da Glória (este era o nome dela até o momento) trocou os nomes. O pai de Maria da Glória leu no jornal o óbito de sua filha. Pouco tempo depois, ela aceita uma viagem à Europa. Quando voltou só restava Ana, sua irmã. Ela a pede perdão''.
N'outros tempos, Lúcia diz a Paulo que quer casá-lo com Ana. Entretanto, diz que manterá seu amor  por ele. Nestes tempos Lúcia diz que sentiu dois movimentos de um bebê em sua barriga. Não obstante, o filho estava morto. E, por conseguinte, ele termina o manuscrito, enviando após seis anos. Fazia dois anos que Ana havia se casado –– mas não com outro moço, a despeito dele.